domingo, 1 de janeiro de 2012

Crescemos demais, ou os outros diminuíram?

     Brasil ocupa sexto lugar no ranking da Economia Mundial, ultrapassando o Reino Unido.
Bem, isso não é brincadeirinha não. Foi divulgado pelo Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês) e foram publicados na imprensa britânica em 26 de dezembro de 2011.

    O país antes reconhecido pelo carnaval, mulheres bonitas e futebol também abre espaço no cenário econômico. A quantidade gigantesca de recursos naturais que geram matérias-primas para outros países também em desenvolvimento, a ascensão da classe média, gerando um aumento do mercado consumidor, a valorização do real perante o Dólar com índice de inflação controlada são alguns dos motivos para essa alavancada.

    Mas pensemos como economistas. Será que nosso país cresceu tanto, ou o restante do mundo diminuiu?

    Temos de lembrar que em 2008 uma crise assolou o mundo, e os países desenvolvidos seguidos pelos EUA sofreram grandes perdas financeiras. A economia européia vem passando por uma de suas piores crises, e sabe-se que perderá espaço mundial quanto ao PIB.
   Temos também de lembrar que nosso país ainda é exportador de matéria-prima ainda seguindo o processo de substituição de importações, e nossos maiores compradores são nada mais nada menos que os chineses que vem crescendo sem parar, aumentando nossas exportações,consequentemente o PIB.
   Temos de analisar sempre todos os lados para uma análise segura e eficaz. O Brasil está mais rico, mas a divisão dessa riqueza ainda é ineficaz. O país precisa investir em educação, diversificar a indústria, construir inovação, não somente no campo de infraestrutura, mas no campo de se fazer política.
   O Brasil não pode se tornar uma grande colônia do mundo, que vende todas suas riquezas naturais.
Analisemos sempre nosso país, as mudanças e as boas e más notícias. Assim se faz economia e críticas.




Economia no Ano Novo

O Economia ao Ponto volta com suas atividades nesse início de ano. O blog destinado a todos que gostam ou queiram saber um pouco mais sobre Economia.

Ciências Econômicas, ciência social que utiliza com bastante ênfase ferramentas do cálculo e estatística para estudar a alocação ótima de recursos, já que esses são escassos. Isso é basicamente o que determina essa ciência.

Durante esse ano vamos postar notícias e idéias que venham a incutir mais conhecimentos e reflexões no nosso dia-a-dia.

Esperamos a leitura e comentários e críticas a respeito de cada postagem.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Que estranho, ainda temos divida externa!!!



Ontem, dia 26 de Abril, estava me atualizando das notícias sobre economia e uma delas me chamou a atenção. A dívida externa havia aumentado em cerca de 22 bilhões. Todos devem lembrar quando o então carismático presidente Lula noticiou em tom de orgulho que havia pagado a dívida externa. E ainda mais, que o Brasil seria credor do FMI.
Bem, vamos aos fatos.O Brasil continua com uma dívida externa de mais de 250 bilhões, o que acontece é que nos últimos anos, com o crescimento da economia e a política cambial do governo, a entrada de divisas no país permitiu a formação de, digamos uma poupança do governo superior a dívida. Por isso temos capacidade para pagá-la e ainda sermos credores, e, tese. Essas divisas servem também para mostrar que o país está economicamente forte e pode seguramente receber investimento estrangeiro. Essa poupança é utilizada como defesa contra ataques especulativos e para que seja executada a política cambial.
Mas se o governo possui esse dinheiro, por que não pagar?
 Outro ponto é que custa mais caro pagar a dívida. Mas como assim? O Brasil possui uma dívida interna superior a externa, e muito superior. A externa possui juros cada vez menores devido a valorização do Real. A dívida externa também não é toda do setor público, que detém apenas 35% dela. O restante é proveniente de entidades privadas. São fatores que influenciam o pagamento.
Então o Brasil não pagou a dívida externa?
Isso mesmo. Não pagou. Continua pagando os juros dela e arrecadando mais divisas, que hoje ultrapassam 300 bilhões. Em outro artigo veremos o que ‘e a divida interna. Veremos numa série de artigos como elas cresceram ao ponto de ultrapassar 1,6 trilhoes.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Curva de possibilidade de produção

Para satisfazer as necessidades e desejos humanos são necessários bens que não encontramos na natureza, consequentemente usamos do processo de transformação para adquiri-los. A produção faz-se a partir de recursos e fatores produtivos como terra (ou recursos naturais, os minérios, a água, a energia, etc.), trabalho (mão-de-obra), capital (como máquinas, fabricas, estradas, etc.) e conhecimentos técnicos, e como vimos no texto passado, são escassos. Devido aos recursos limitados uma sociedade tem que escolher as quantidades de bens e serviços a produzir, mais comboios e menos automóveis, mais café e menos chá, etc. Para simplificar vamos admitir que uma sociedade apenas pode produzir dois tipos de bens, café e sapatos.

Com quantidade X de recursos podemos escolher entre sapatos e chá, e as possibilidades são enormes. Para podermos analisar todas as situações possíveis recorremos a um gráfico muito importante em Economia: a fronteira de possibilidade de produção (figura abaixo) que representa o lugar geométrico dos pontos de produção máxima de café e sapatos, dado um certo montante de recursos disponíveis.

A curva de possibilidade de produção ilustra graficamente como a escassez de factores de produção criam um limite para a capacidade produtiva de uma empresa, país ou sociedade. Ela representa todas as possibilidades de produção que podem ser atingidas com os recursos e tecnologias existentes. A concavidade da curva indica que, dadas as quantidades dos recursos, se a sociedade quiser aumentar sucessivamente a produção de um bem, maior será a taxa de sacrifício (o custo de oportunidade) associada a tal intenção (isso em termos da produção do outro bem). Os pontos sobre a curva mostram o máximo possível da produção combinada das duas mercadorias como mostram os pontos A, B e C (fig.3). A economia pode produzir no interior da curva, num ponto como D, ter mais café sem sacrificar sapatos, no entanto, isso significaria a não utilização de alguns recursos. Os pontos que se encontram fora da curva das possibilidades de produção, num ponto como E, são inatingíveis devido á falta de recursos para lá chegar. Uma observação a ser feita é supõe-se que a economia esteja em pleno emprego de seus recursos, ou seja quase todos utilizados em capacidade máxima.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Economia, o que é?



 O termo economia vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei) ou também gerir, administrar: daí "regras da casa" (lar) e "administração da casa". [1]
 A Ciencia a qual chamamos Economia visa sobretudo estudar uma maneira de alocar de maneira mais eficiente os recursos disponíveis, já que esses recursos são escassos, ou seja, não há quantidade suficiente para satisfazer todas as necessidades e desejos humanos. Como exemplo de recursos temos a madeira das florestas, os minerais do solo, e até a mão-de-obra, ou capital humano. Tudo que homem usa como meio para a produção é tido como recursos.
Dito por outras palavras, a economia procura responder a três questões, as quais constituem os três problemas de qualquer organização econômica: o quê, como e para quem:

1. O que produzir e em que quantidades? Quais os produtos e serviços deverão ser produzidos por forma a satisfazerem da melhor forma possível as necessidades da sociedade?

2. Como devem os bens ser produzidos? Que tecnologias e métodos de produção utilizar? Que matérias primas deverão ser utilizados para produzir determinado produto? Como maximizar a produção tendo em conta os recursos disponíveis?  E esses recursos tem de ser usados de forma sustentável.

3. Para quem são os bens produzidos? Como repartir pelos diferentes agentes econômicos os rendimentos disponíveis? Quem deverá ganhar mais e quem deverá ganhar menos?

Isso é uma introdução sobre a complicada missão da área econômica. Em breve algo mais sobre Curvas de Possibilidade de Produção.

sábado, 23 de abril de 2011

Taxa SELIC, o que é?

Volta e meia ligamos a televisão, ou olhamos no jornal notícias relacionadas ao aumento ou redução da SELIC. Em meio a isso há especulações, pessoas que concordam e discordam. Mas o que seria essa SELIC?
A SELIC, Sistema Especial de Liquidação e Custódia é um índice pelo qual as taxas de juros cobrados pelo mercado se balizam no Brasil. Foi criado para gerenciar a emissão e negociação de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Títulos públicos são como empréstimos que o governo faz com pessoas físicas (indivíduo) e jurídicas (empresas). Ele pode emitir ou recolher dependendo de qual política deseja fazer no momento.
 Portanto, a taxa SELIC é o índice em que se baseiam as taxas de juros dos empréstimos realizados pelo governo nas operações com os títulos públicos. Sabendo que esse processo, por advir do governo é mais confiável, outras operações mais arriscadas se baseiam na SELIC para compor seus juros.
Então  o que acontece se a taxa aumenta?
Bem, o crédito, fica mais caro, os produtos tem elevação de preço e isso inibe ao consumo geral, pois há aumento dos juros pra várias operações no mercado, e isso tem de ser repassado. Por isso os consumidores chiam, as empresas e indústrias criticam e sempre que vemos a taxa aumentar é sinônimo de controvérsias.
 O aumento tem como medida principal conter a inflação.
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Será queo bolo ainda cabe na forma?

Aumento do número de acidentes em estradas brasileiras, caos nos aeroportos, trânsito insuportável e até por que não, apagão.
Seria isso uma coincidência, ou falta de planejamento?
Nos últimos anos o poder aquisitivo do brasileiro aumentou bastante mudando o perfil de consumo. Uma pesquisa realizada  pelo instituto Delloite mostrou que a mobilidade social gerou aumento no consumo de bens. Os dados revelam que as classes A e B, por exemplo, trocaram de automóveis com mais frequência e investiram na substituição de eletroeletrônicos mais modernos. A classe C teve 27% de aumento de renda, o que possibilitou a disposição de comprar automóveis e produtos mais sofisticados, como aparelhos de televisão de LCD, computadores e notebooks. A classe E mostrou disposição de reformar a casa, comprar máquina de lavar roupa e telefones celulares.
Outro exemplo desse aumento do poder aquisitivo é a demanda por transporte aéreo no Brasil que avançou em 2010, 23,47%. O brasileiro começa a descobrir viagens de avião como opção cabível ao bolso,  e descobrir rotas de turismo nacionais, impulsionadas pela valorização do Real frente ao Dóllar. Mas será que esse aumento foi acompanhado por grandes reformas nesse setor. O que se verifica hoje é um grande caos nos aeroportos, e até propostas para sua privatização.
E o que falar do trânsito, que começa a ser visto também em cidades menores. Sobral,uma cidade do interior do Ceará possui cerca de 185.000 habitantes, e o aumento de renda , valorização do salário mínimo frente a inflação e maior facilidade de crédito fizeram aumentar a frota de veículos nas vias, principalmente de motos. Em horários de pico é possível observar congestionamentos em algumas partes da cidade. Ainda tem São Paulo, que chegou a seis milhões de veículos em circulação. Isso pode ser responsável também pelo aumento de acidentes envolvendo veículos.
Esse quadro de crescimento da renda não pode ser visto como um fator negativo. O comércio está em festa. As micro e pequenas empresas não param de crescer e o país vive um grande momento de desenvolvimento. A população tem acesso a melhor alimentação e por que não dizer, lazer.  Por tudo isso o planejamento faz-se necessário, pois o que parece é que o bolo cresceu demais pra forma que foi colocado. O PAC, Programa de Aceleração de Crescimento veio como meio impulsionador para crescimento a curto e longo prazo, mas há atrasos e cortes no orçamento.
 A Copa e as Olimpíadas se aproximam, e dá impressão que querem levar tudo naquele jeitinho brasileiro. Não dá mais. Se o Brasil quer se consolidar no cenário internacional como um país desenvolvido tem de mostrar planos e melhorias na infra-estrutura para acompanhar ou por que não antecipar o ritmo de crescimento.